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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

UM CERTO REVEILLON

 "Nao há Mal que sempre dure e nem Bem que não se acabe" e o meu namoro com a Lurdinha,  para minha tristeza, uma noite se acabou e de uma forma cômico/trágica. Como já disse em outra ocasião, sempre gostei de bailes e dançar era e ainda é minha diversão preferida.

 Os chamados "Bailes do Reveillon" de hoje em dia, nem de longe fazem lembrar o charme e a importância que tinham esses eventos para nós, adolescentes dos anos 70. 

 A preparação começava semanas antes com a confecção dos colares brancos (de papel crepon) e das roupas que, obrigatoriamente, tinham que ser:  camisa solta, em cores claras com calças brancas para os homens e os os  vestidos longos, cheio de Strass prateados e brilhantes, para as mulheres.

 Naquele ano de 1970, o Baile aconteceria na sede social do Palmeiras. Minha prima, costureira, havia confeccionado para mim uma camisa azul claro e uma calça de cambraia de linho branca, bem apertada e com "boca de sino"(era moda na época).

Iríamos à pé até ao clube pois meu carro era meu guarda-chuva. Já, há dias, estava com problemas intestinais. Uma diarréia que remédio nenhum curava e mesmo assim fui, pois já tínhamos a mesa comprada e roupas prontas. Saí de minha casa, por volta das 22 horas, para apanhar a Lurdinha e na subida do "morro do São Lázaro", a vontade apertou... Começei a andar depressa mas não deu para segurar!

  Que desespero, meu Deus! Voltar para casa não podia, pois já estava longe. Chegar até a casa da namorada, nem pensar!

 Lembrei-me que minha prima, a costureira, morava bem perto e corri para lá mas ninguém atendeu à campainha. Pulei o muro e fui até o quintal. Enchi de água o tanque de lavar roupa, tirei a roupa e lavei-me com um sabão de cinzas que encontrei. 
A calça branca estava completamente perdida e fiquei alí, pelado, tremendo de frio, esperando ela chegar o que demorou umas três horas. Levou-me para casa e como já era tarde e nem roupa branca tinha mais, fui dormir.

 No outro dia soube que a Lurdinha, p... da vida comigo, foi ao baile, com alguns amigos. Dançou a noite toda e foi  lá que conheceu aquele que veio a ser seu futuro marido. Até hoje ela não sabe o motivo do meu "cano" mas se chegar a ler este "post" vai ficar sabendo, mais de trinta anos depois.

Bem, como é tradição servir lentilhas no Ano Novo, vou ensinar como se faz o meu arroz com lentilhas.

 ARROZ COM LENTILHAS:

Cozinhar as lentilhas (200 gramas), por 5 minutos, na pressão e reservar. Frite uma cebola, bem picadinha, até queimar (bem moreninha). Refogar o arroz nessa cebola, acrescentar a lentilha pré- cozida e temperar com sal. Juntar a água do cozimento da ervilha (se necessário acrescentar mais. Depois de desligado o fogo, espalhe cheiro verde bem picadinho.

3 comentários:

  1. Caro amigo João!
    Será que depois que a Lurdinha arranjou outro namorado tornou-se membro da Ordem das filhas de Maria sem calcinhas?!...
    Caloroso abraço! Saudações angelicais!
    Até breve...
    João Paulo de Oliveira
    Diadema-SP

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  2. Oi João, que lamentável esse fato. E logo no Reveillon!!

    Pôxa, a Lurdinha podia ter entrado em contato com você para saber o porque do teu cano!
    Se ela gostasse mesmo de você, não teria te trocado por outro...Sorry!!
    Não tinha que ser com a Lurdinha.

    Feliz Ano Novo!!

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  3. Cris, eu era pobre e o outro, rico!
    Bem feito prá ele!!! kkkk
    JB

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