No dia seguinte, ressaca brava e a notícia: “Vamos embora desta terra! E a partir de agora, nada de hotel pois o dinheiro está curto....” Sobre o capô do carro estava a barraca de três compartimentos que o Valter levou para alguma eventualidade e chegando em Camboriu, fomos logo procurando um camping.
Nosso vizinho de barraca era um argentino chamado Hector que, coisa rara entre os argentinos, era muito simpático e convidou-nos a compartilhar de seu churrasco: bife chorizo na grelha e salsichas. Comemos tanto que ele, arrependido, nunca mais nos convidou para compartilhar de seus grelhados.
Foram dias de muita diversão em Santa Catarina, rincões que abrigam a mais bela espécime de brasileiros. As meninas eram lindas e o balneário de Camboriu, àquela época, não era tão freqüentado, mais selvagem e despojado. A inflação na Argentina estava muito alta e então, as praias de Santa Catarina ficavam lotadas de porteños. Como as meninas gostavam mais de sair com eles, comecei a falar em castelhano e obtive relativo sucesso até que escorreguei na maionese quando falei para uma delas:
Niña, anda qué ya viene la chuva!. Ela,escolada, me disse: “Você é argentino de araque, guri: Em espanhol, o certo é lluvia e não chuva!“.
O dinheiro acabava e paramos de almoçar e jantar. Comprávamos um frango recheado (muito barato por lá) e comíamos a metade no almoço e a outra metade à noite, mas passeamos muito, Brusque, Florianópolis, Blumenau, etc...
Em Balneário, tentamos entrar numa colônia de nudistas mas fomos barrados devido ao alto teor alcoólico no sangue. Inconformados, subimos em uns rochedos que rodeavam a colônia para dar uma de voyers mas não conseguimos ver nada.
O mar ali era violento e as grandes ondas vinham quebrar nos rochedos, causando estrondos assustadores. O Valter, então, deu a idéia: “Vamos tirar umas fotos pelados e daí a gente diz lá em São João que estivemos na colônia de nudismo.” Ele bateu uma foto minha e do Tininho e quando fomos fotografá-lo, estourou uma grande onda por trás dele que o carregou, rochedo abaixo. Com muito custo conseguimos resgatá-lo, todo esfolado e sangrando.
Levou vários pontos nas mãos e cabeça e não podendo mais dirigir, com a mão que bateu na cigana, toda enfaixada, deixou o fusca sob meu comando.
E para relembrar os grelhados do argentino, segue uma receita bem simples e saborosa:
FRANGO GRELHADO DO ARGENTINO: Corte um frango ao meio, na horizontal (despreze toda a parte das costas); tempere-o com o molho argentino "Chimichurri"hidratado ( receita do dia 24/08/2010), acrescentando mais 4 colheres de azeite; 4 colheres de água e 3 colheres de vinagre. Deixe no tempero por várias horas, ou de um dia para o outro. Deixe grelhar por 10 minutos de um lado e 10 minutos do outro. Sirva com batatas sautè ou legumes levemente refogados na manteiga (batata, palmito, ervilhas e salsa).
Caro amigo João!
ResponderExcluirSe eu fosse você publicaria as fotografias e diria que era um ensaio para a apresentação da "A roupa nova do Imperador"!!!!!...
Caloroso abraço! Saudações naturalistas!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP
Porque você não se candidatou a Presidência da República dos Inúteis?Tiririca ja deu os primeiros passos,escrever livro?Não vai te levar a nada acabei de chegar a essa conclusão depois do que eu vi acontecer nestas eleições."Tudo como dantes no quartel de Abrantes":
ResponderExcluirTão decepcionada e porque vc não conversa mais comigo?
Oi, amiga! Não é somente vc que reclama, não! Outros amigos também estão estranhando meu silêncio.
ResponderExcluirVamos esperar certas nuvens negras dissiparem-se e, se Deus quiser, voltarei a minha antiga alegria.
Desculpe-me mas não é nada pessoal.
Abraços
João
sÓ VOU VOLTAR A ENTRAR AQUI DEPOIS QUE ESTAS NUVENS NEGRAS SAIREM DE CIMA DO MEU AMIGO fui!
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