Adoro o ambiente de um salão bem decorado e uma orquestra afinada que não toque apenas o "Besame mucho"(bom, bororóm...). Estamos sempre acompanhados por algum ou outro casal de amigos.
Nos tempos em que morávamos em Poços de Caldas, o casal da vez era o Dr.Bráulio e sua namorada Bernadete (a esposa legítima morava em Belo Horizonte, para onde ele ia somente no Natal).

O Dr. Bráulio também compareceu com outra mulher, uma viúva rica e elegante, cujo nome quero declinar-me de dizer.

Ela vestia num traje longo e suntuoso, todo esvoaçante, com uma alça que saindo de seu braço direito, era presa às saias. Nos rodopios que dava, a alça levantava o tecido fino, dando a impressão que a dama ia levantar vôo.
A Bernadete ficou "fula" de raiva e despeito vendo o casal dançando todas as seleções, desde o samba até a rumba e o chá-chá-chá.
Perto da meia noite a orquestra começou a tocar valsas e poucos foram os casais que se aventuraram nesse rítmo muito difícil mas a coroa foi... A fim de provocar a rival, fez questão de rodopiar bastante quando se aproximava de nossa mesa.

Quando Bernadete completou 40 anos, fizemos um jantar para ela; num mês de Junho e o frio era tão intenso que os convidados compareceram enrolados até em mantas e cobertores. Preparei um cassoulet (espécie de feijoada branca) bem caprichado, do qual passo e garanto a receita:

Deixe o feijão de molho de um dia para o outro. Cozinhe-o com o bacon, paio, calabreza, louro e o caldo de galinha. Quando estiver quase cozido mas ainda firme, acrescente as costelinhas (temperadas com sal e limão e fritas previamente), o frango cru (também temperado da mesma forma) e deixe cozinhar tudo junto. Quando estiver quase pronto, bata os tomates no liquidificador com um pouco do caldo do feijão; refogue esse molho à parte com cebola, alho e sal e junte-o à panela do cassoulet. Verifique se está bem de sal, acrescente a pimenta e os temperos verdes. Sirva cm arroz e batatas-palha.
Caro amigo João!
ResponderExcluirSerá que quando o Dr. Bráulio ia a Belo Horizonte-MG, por ocasião do Natal, cumpria a risca suas obrigações conjugais?!...
Será que a esposa legítima também tinha um amante?!...
Ché, o nome Bráulio fez-me lembrar...
Este conto também me reportou a película brasileira "Chega de Saudades"!!!
Caloroso abraço! Saudações geriátricas!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP
digo "Chega de Saudade".
ResponderExcluirGrande João.
ResponderExcluirAmigo, essa receita deve ficar simplesmente deliciosa, adorei!!
Aproveitando a deixa do amigo Prof João Paulo... Creio eu, que a legítima não me parecia ser, necessariamente, aquilo que chamamos mulher séria. Afinal, ceia em casa, só no natal... é duro de suportar, não acha?
Abs
Daniel Rodrigues
Daniel e Teacher!
ResponderExcluirSabe aquelas coisas de família tradicional?: "Não te como mas tb não te largo"
Enquanto ele comia a Bernadete, a velha comia empadinhas e jogava cacheta com as amigas e dava graças a Deus por alguém apagar o fogo do marido.
Abs
João
Sobre a receita; estou até enjoado de fazê-la de tanto que o povo gosta! rsrs
ResponderExcluirJB
kkkk quem quase precisou de tampão fui eu aqui, de rir da pobre "véia" dançarina. kkkkkkk
ResponderExcluirforte abraço!
E daí, Gilberto, refletiu bem a situação da coitada!! kkk
ResponderExcluirAbs
João