
Existem, ainda, outras versões sobre as fogueiras, relacionadas às festas pagãs, mas prefiro acreditar nesta, já que também me chamo João, um nome curto, forte e honesto. Nasci, na verdade, às vésperas do dia de Santo Antônio e como já tinha um irmão chamado Antônio, graças a Deus, safei-me de ser chamado de Tonho ou Tunico.

Montamos um altar com o santo e começamos a rezar o terço; era um terço cantado à moda antiga e enquanto seguíamos com as orações, a sanfona nos acompanhava naquele tom monocórdio:...”glória seja o Pai, glória seja o Filho, glória o Espírito Santo e teu amor também...“


Lá para o meio da reza, outro incidente interrompeu de vez o terço: Os moleques que brincavam em volta da fogueira, resolveram amarrar nos rabos dos cachorros da fazenda, vários fios de barbantes com bombinhas e busca-pés acesos.
Os pobres animais, endoidecidos com os estouros e faíscas, foram esconder-se por debaixo do altar improvisado, ganindo de dor. O casal de rezadô enfiou a sanfona no saco e se mandou. Coube a mim terminar de puxar o terço, já que o meu amigo fizera a promessa de realizá-lo por sete anos seguidos...
Seguem duas receitas características para o evento, as quais eu faço há mais de vinte anos:

QUENTÃO (OU GROGUE): 1 litro de pinga ou vinho tinto seco; 3 limões cortados em rodelas; 2 copos de água; 6 cravos da Índia; 50 gramas de gengibre picado; 3 paus de canela e açúcar a gosto. Ferver tudo em um caldeirão. Deixar em fogo baixo enquanto for servindo, em pequenas xícaras, pois se deve apreciá-lo bem quente.
Cortar os grãos com uma faca afiada e batê-los, aos poucos, no liquidificador, com o leite. Passar essa mistura numa peneira fina, espremendo bem até tirar todo o caldo (jogar o bagaço fora). Numa panela grande, misturar o caldo com a manteiga, o sal e o açúcar. Levar ao fogo, mexendo sem parar até engrossar bem.
CURAU DE MILHO VERDE: 8 espigas de milho verde; 1 litro de leite; 1 colher (cheia) de manteiga; 1 pitada de sal (meia colherzinha das de café); açúcar a gosto (menos de meio quilo).

Despejar num pirex grande, salpicar com canela em pó e deixar esfriar. Guardar na geladeira.
grande jão!!
ResponderExcluiragora sou eu q to meio sumido... to de mudança e ta corrido... mas passei pra te manda um abraço..
e so fâ de comida junina.. inda mais de quentao!! vo tenta faze eu mesmo com sua receita.
abraço do carlao de valinhos!
Olá Carlão, obrigado pelo abraço.
ResponderExcluirCom esse frio que tá hj, só com quentão mesmo!
A quantidade de água é que determina se o a bebida será mais forte ou mais fraca.
Abraços
João
Oi João, estava sumida, férias forçadas, pelo tempo curto ,mas agora estou de volta, e me deliciando com seus contos, aqui em Salvador o curau se chama canjica e a canjica mungunzá ,que aliás Mainha faz divinamente.
ResponderExcluirAbraço amigo.
www.mundodosabor.blogspot.com
E o que vem a ser o curau na Bahia?
ResponderExcluirCerta vez, fui a uma festa de SJoão em Belém do Pará e fiz a maior confusão com esses quitutes.rsr
Abs, amiga!
João ,agora você me pegou,porque curau aqui não tem não.rsrsrsr
ResponderExcluirO aipim mesmo ,tem diversos nomes,: mandioca,macaxeira, a abóbora é jerimum, se for enumerá-los ,levo a noite toda e emendo a madrugada....
Abç
Caro amigo João!
ResponderExcluirA minha amiga, a Dona Miquelina, pediu para perguntar se você continuou a desfiar o Santo Rosário exatamente de onde o rezador parou...
Caloroso abraço! Saudações marianas!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP
Saudações marianas é boa,hein?
ResponderExcluirSinal que vc nem sempre foi um incrédulo!!
KKKK
João
Você esqueceu que já fui um beato zeloso?!...
ResponderExcluirDe vez em quando tenho uma recaída... KKKK