
Eram barulhentos e deram muito trabalho para a turma da Coordenadoria. Não respeitavam nada e tratavam os estudantes brasileiros, seus anfitriões, com o maior descaso.
Eu sempre era chamado para resolver algumas pendências ou para levá-los a algum passeio pela região, já que conhecia muito bem o idioma castelhano.

Como eu compreendia quase tudo o que eles diziam, passaram a conversar num linguajar diferente e incompreensível. Quando estranhei o fato, disseram-me que era Guarany.
Não demorou muito, porém, para que eu, com muita dificuldade, entendesse que eles falavam ao contrário _ al revés. Assim fiquei sabendo que o tal do Gerardo estava trepando com minha amiga Nicinha e fazia alarde, contando para os amigos todos os detalhes da relação. Eles referiam-se a ela como sendo "Nicinia La Flaca", já que era bem miudinha.

Quando contei para o Gerardo que eu entendia a nova linguagem deles, ficou arrependido e pediu-me silêncio pois, realmente, estava gostando de "La flaca".
Ficamos mais amigos e algumas vezes, até emprestei o carro de meu pai para eles darem uma saidinha (naquele tempo ainda não existiam motéis em minha cidade).
O resultado disso é que após uns 15 dias, os estudantes retornaram a Buenos Aires mas o Gerardo ficou. Hospedei-o em minha casa (ainda era solteiro) e até que foi divertido.


Semanas antes da Copa, eu já estava casado e a Nicinha veio me dizer que iria para Buenos Aires, pela Viação Pluma e que o amado argentino lhe mandaria as passagens rodoviárias. Ainda comentei com ela a respeito da situação caótica e perigosa daquele País, sob a ditadura do cruel e sanguinário Jorge Rafael Vidella: "É melhor pedir ida e volta pois nunca se sabe o que pode acontecer!"

Na volta ao Brasil ela confidenciou-me que passara um "cagaço" tremendo em Buenos Aires pois ficara todo o tempo confinada em um apartamento no bairro de Belgrano. Não podia assistir a nenhum dos jogos ao vivo e nem conversar com estranhos durante toda a Copa.
Disse-me também que nas vezes em que a Argentia jogava, o Gerardo ficava dois dias em jejum sexual, bebendo uma grande quantidade de água mineral e diuréticos.
Horas antes dos jogos, uma equipe de homens, de aparência sombria e truculenta, vinha buscá-lo e o nosso amigo somente retornava após o término das partidas.
Era tudo muito estranho e de tanto insistir com ele, acabou por saber que o "guapo"era pago para fornecer urina...


Ok, como receita vamos de:

Caro amigo João!
ResponderExcluirEstive em Buenos Aires três vezes e pretendo retornar outras vezes, porque a cidade nos encanta com seu charme peculiar. Também estive em Santiago uma vez e fui recebido de braços abertos pelos sempre acolhedores e solícitos chilenos, bem diferente do tratamento rude que me foi dispensado, quando precisei de informações dos portenhos. Sua crônica desvela a falta de civilidade dos argentinos que você conviveu na década de 70.
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP
...Pois é ,o mundo nos olha como gente do terceiro mundo e no entanto quando os belezas vem para a nossa terrinha ,se comportam como animais.Não gosto de certas raças,xonofobia?e hoje dá cadeia ,se não iria enumera-las, e dizer porque,mas eu tenho de gostar e pronto.No dia do meu Aiversário jogou a Costa do Marfim, eu amo a África,e te juro, queria que empatasse, ta na hora dos negros terem seus dias de glória,Me contaram, que o Maradona virou uma espécie de Cristo, criou uma seita e ele é adorado por lá ,você ta sabendo disso?Se for um sim coloque aqui no seu blog essa coisa ridícula,cm direito a fotos e tudo.Comprei 4 bifinhos dará para 4 dias,é tão esquisito ficar sózinha,eu ouço passos,me tranco no quarto com chave e tramelinha,uma coisa.Inté
ResponderExcluirVocê está me transformando numa gorda.
ResponderExcluirVou la fazer este bifinho para mim.Inté
Não se esqueça da manteiga e alecrim
ResponderExcluirJoão