
O marido, Divino, carregava sacos em um lavador de batatas.
Antes de se casar, ela ainda era interessante, tipo "boazuda", com a cintura bem fina e quadris largos. Seu apelido era Geny tanajura (aquela formiga bunduda). Por isso, ninguém entendeu quando se casou com o Divino, tão raquítico e sem graça.
Com o passar dos anos, seu rosto ainda mantinha algo de beleza, mas o corpo virou aquele brejo, com celulites até no dedão do pé...
Tiveram um filho, bem lourinho, muito embora o casal fosse moreno. O povo comentava coisas, mas o Divino não se importava e foi um bom pai. Seu único defeito era beber demais nos finais de semana.

Numa dessas tardes, enquanto ele bebia no quintal e a família assistia ao programa "Domingão do Faustão", um ladrãozinho entrou pela janela do quarto.
Quando a Geny percebeu o vulto, começou a gritar:
_ Divino! Pega o ladrão... Tá levando minha bolsa!

O Divino perdeu o emprego, recebendo bastante dinheiro com a indenização e o Fundo de Garantia. A Mulher comprou um computador e guardou o resto do dinheiro na poupança. A partir de então, enquanto o marido ficava quase todo o tempo no bar, ela navegava na Internete.
Pelas salas de "bate papo", acabou por conhecer um turco, chamado Aziz. Ele ficou interessado pelo rosto da Geny, chamando-a para passar uns dias em seu apartamento. Doida por aventuras, ela sacou todo o dinheiro do marido e num domingo, mandou-se para São Paulo.
Antes de sair com as malas, ainda foi dar uma última espiada no marido, que acendia a churrasqueira. Ele, já bebum, olhou bem para ela e pediu:
_ Ô bem, vá fazer um vinagrete, bem caprichado!
O Aziz somente conheceu a Geny do pescoço para cima, pois ela nunca abaixava a Câmera para mostrar o corpo e quando ele abriu a porta, levou o maior susto: _ Você não ser Geny... Aziz non gostar de ser enganada!

Toda tarde, ela era amarrada, nua, aos pés da cama e levava a maior sova de chicote:
_ Mulher mentirosa e adúltera, tem que levar chibatada bára abrender!
Ela quase foi morta, em nome de Alah...
Numa manhã de domingo, depois de ter torrado todo o dinheiro dela, em um cassino clandestino da Avenida Rio Branco, Aziz colocou-a em um ônibus, de volta às origens.
Geny chegou em casa, com a mesma roupa no corpo, completamente zonza e debilitada. Ficou mais de uma hora, na esquina, com medo de enfrentar o marido: "Meu Deus, escapei do turco mas, agora, o Divino me mata!"

Em vez de torrar as coxinhas de frango na grelha, é melhor fazê-las no forno, crocantes, anote aí que é bem fácil:

Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBlog muito interessante
ResponderExcluirBom fim de semana.
João, eu conheço todo aquele conteúdo do meu perfil sim, e nem coube todos que eu apologizo a criação. Sua presença é muito bem vida. Abraço de puro agradecimento. Lou Moonrise.
ResponderExcluirLou, eu li e assisti quase tudo aquilo. Agora uma estória que eu jamais me esqueci foi "Vinhas da Ira!, tanto o filme quanto o livro.
ResponderExcluirForte abraço
Volte sempre
João
essa coxinha deu vontade de comer.
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